De: Alguém que precisa transbordar o ordinário e cotidiano Para: Algum desocupado ocasionalmente interessado em ler. *** Caro leitor, Dedico meu afeto hoje ao amor de minha vida. Não a vida da maneira idealizada, mas a vida de todo dia. O amor de minha vida é real, imperfeito, difícil de entender e que deixa tudo em silêncio em um abraço. É controverso como todas as questões que me ocupam a mente. Olho pra frente e vejo um homem entregue à vida, seus vícios, lutas e méritos. Há beleza nisso, bem como em seus olhos âmbar. Talvez essa seja a carta mais difícil de escrever. É um emaranhado de sentimentos e pensamentos que desembolar tudo isso demanda uma força tremenda. Falar do amor de sua vida, real e cotidiano, é tão cru quanto a carne sob nossas peles. É tão natural como acordar todas as manhãs. É tão difícil quanto arrancar seu coração com as unhas. Ele é selvagem. Uma fera que se adestra como deseja. Eu o amo, eu sei disso. Mas eu também teria motivos pra odiá-lo e
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